segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

REFLEXO DA CRISE FINANCEIRA

A crise econômica atual teve seu início em 2008. Segundo Paul Krugman do The New York Times e publicado no Jornal O Estado de São Paulo (17/01/2015) as regras habituais da política econômica mudaram em busca desenfreada de se evitar a deflação. O que até o momento é dificílimo sair. Cortar os gastos públicos com a economia deprimida é um risco, assim como, aumentar os juros com a inflação baixa. Muita calma ,nessas horas, logicamente que estamos falando da boa parte da economia mundial, o Brasil é um caso, digamos à parte e que citaremos em breve nesse texto.

Agora, o que por incrível que pareça, ainda há muita gente e podemos até mesmo, nos atrever em dizer que, a maior parte da população não entende ou não querem entender, pela simples razão de que "pensar dói", que as relações internacionais influenciam nas medidas da gestão nacional. principalmente, na política econômica sofremos o reflexo dessas influências.

O estrago atual no mercado foi a medida do SNB, o banco central da Suíça que removeu o limite para a taxa de câmbio, entre o franco e o euro. Os suíços sempre foram cuidadosos e prudentes na administração do dinheiro, porém, após as medidas adotadas no dia 15 de janeiro passado, pela política monetária suíça, o que se vê são os reflexos dessas medidas. Na realidade, os suíços estavam pagando muito caro para manter o valor do franco baixo e suportaram a pressão até o seu limite, pelo menos é o que subentende na explicação oficial do governo saquele país.

O SNB abandonou a política de manter o franco suíço, até então, atrelado ao euro e cortou os juros pagos sobre reservas financeira para -0,7%, ou seja, valor negativo e isso casou um caos no mercado. Para os especialistas a questão monetária da Suíça é pequena no combate a voragem deflacionária que circunda boa parte da economia mundial. Uma breve e simples explicação sobre o contágio dessas medidas adotadas pela Suíça. Quando a liquidez seca e a volatilidade dispara no mercado de câmbio, torna-se impossível executar operações enquanto as perdas se acumulam, principalmente, com alta alavancagem. Afinal, o que fez o SBB na prática? Disparou 30% o franco suíço em relação ao euro e em seguida acabou com o limite de câmbio, o que levou corretoras em todo mundo a terem dificuldades, algumas entraram em insolvência e outras faliram.

Mas, o que isso pode afetar a economia Brasileira? Aqui no Brasil há os riscos da inflação subir, do aumento da taxa de juros e adoção de uma política monetária mais apertada, ou seja, o oposto da boa parte da economia mundial. Mas, seríamos tolos se pensássemos que estamos imunes ao contágio. Ora, sabemos que o contágio dos problemas externos, os alicerces não tão sólidos e uma política monetária mais apertada podem facilmente revelar um ato desastroso. E nenhum país no mundo está imune à esse contágio. Prova real disso é que o mercado teme a alta de juros para a expectativa da inflação em queda. Os investidores veem um risco deflacionário, isso, interfere na questão das relações econômicas internacionais e o seu reflexo na economia local, com certeza, geram medidas de contenções que contribui para a crise nacional.

O Brasil pode aprender com a Alemanha que equilibrou o orçamento e atingiu o déficit zero.  Fato noticiado pela Revista Época (18/02/2015). Principais medidas como uma sólida arrecadação de impostos, baixo nível dos juros, alta de empregos e combate a corrupção, eliminação de gastos desnecessários fazem com que a Alemanha continue sendo a maior economia da Europa. Será necessário mais um 7x1 para o Brasil aprender a lição, dessa vez na economia?

Obrigado pela leitura!